No próximo dia 30 de outubro, votarei em Lula para presidente, mais uma vez. Lula teve meu voto no primeiro turno e em todas as eleições presidenciais em que foi candidato, sempre com muito orgulho e muita convicção. Quando não esteve na disputa, votei com o mesmo orgulho e a mesma convicção em Dilma Rousseff, em 2010 e em 2014, e em Fernando Haddad, em 2018.
Votei e voto assim porque ao longo desses mais de trinta anos as candidaturas, os programas, os projetos e, sobretudo, os governos petistas nos mostraram algo óbvio, mas nem sempre percebido com a devida força: o Brasil não está condenado à desigualdade, à exploração, ao preconceito, à violência, por mais estruturais que elas sejam; o Brasil não está condenado à nossa elite predatória, à nossa classe média vulgar, aos nossos militares broxas, aos nossos grupos sectários e intolerantes, por mais barulho que eles façam; o Brasil, enfim, não está condenado a qualquer destino – o que, como historiadoras e historiadores, sabemos bem.
Não bastasse isso, desde o golpe de 2016 há algo mais em jogo: a luta contra o “fascismo tropical”, sua barbárie e seus agentes. Essa luta exige firmeza, clareza e coragem da parte de quem nela se envolve – coisas que Lula e o Partido dos Trabalhadores têm de sobra. Que nós, historiadoras e historiadores, as tenhamos também. Voto Lula, voto 13, voto PT!
Fábio Franzini, professor do Departamento de História da Unifesp.
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